quarta-feira, 10 de novembro de 2010

o livro dos amantes




pusemos tanto azul nessa distância
ancorada em incerta claridade
e ficamos nas paredes do vento
a escorrer para tudo o que ele invade.


14 constelações
pusemos tantas flores nas horas breves
que secam folhas nas árvores dos dedos.
e ficámos cingidos nas estátuas
a morder-nos na carne dum segredo.
natália correia